Nascido de um projecto do Serviço Social do Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, este Estágio profissional em instituições de referência na saúde em Barcelona, teve como objectivos:
Apreender novos modelos de Intervenção Social;
Conhecer novas formas de organização dos Cuidados Sociais;
Identificar novas Respostas Sociais.
O estágio permitiu a três Assistentes Sociais
23 Fevereiro 2009 – Hospital General de l`Hospitalet
24 Fevereiro 2009 – Institut Guttmann
25 Fevereiro 2009 – Hopital Vall d`Hebrón
26 Fevereiro 2009 – Hospital Sant Joan de Deu
27 Fevereiro 2009 – Colégio Oficial de Diplomados en Trabajo Social y Assistentes Sociales de Catalunha.
Em cada instituição teve lugar uma reunião com as Coordenadoras dos referidos hospitais, onde foi transmitido:
A organização da unidade de saúde;
A intervenção social, a metodologia utilizada e a distribuição dos assistentes sociais na organização;
A legislação referente ao Sistema de Saúde e Protecção Social.
Seguidamente e com a responsável do sector tivemos a oportunidade de conhecer os assistentes sociais que se encontram nos diferentes serviços da unidade hospitalar, bem como perceber o trabalho dos colegas junto do utente/ família, equipa multidisciplinar e articulação com a comunidade.
Na visita realizada em cada uma das unidades de saúde foi-nos possível observar os espaços físicos, assim como inter-agir com os profissionais das equipas multidisciplinares.
Na nossa opinião o referido estágio revelou-se pertinente na medida em que foi possível apreender a intervenção social no contexto socioeconómico da Catalunha, bem como perceber algumas políticas sociais, nomeadamente a legislação aplicada à deficiência.
Na legislação referente à pessoa portadora de deficiência foi-nos apresentada a Lei de Dependência de 16 Julho 2008, que permite uma maior amplitude de protecção e promoção da autonomia pessoal.
O sistema de saúde Espanhol consigna e aplica a gratuitidade nas ajudas técnicas consideradas essenciais à autonomia e qualidade de vida da pessoa portadora de deficiência, nomeadamente cadeiras de rodas eléctricas.
Outro aspecto que consideramos relevante é o facto da organização das unidades de saúde e do próprio sistema de saúde permitirem uma articulação efectiva com a comunidade. Esta realidade facilita o encaminhamento das situações consoante uma escala de dependência e do contexto social do utente. Assim sendo, verificamos que não existem situações de alta clínica protelada porque a comunidade dispõe de recursos adequados às diferentes situações.
Da observação das diferentes unidades de saúde podemos verificar que para além da intervenção individual e familiar é utilizada com grande expressão a intervenção terapêutica em grupo.
Deste estágio retiramos como mais valia o facto da maioria dos procedimentos referentes à intervenção social estar protocolada. Da experiência vivenciada pelas colegas, constatamos que os protocolos aumentam a eficácia e eficiência da intervenção, assim como salvaguardam os interlocutores envolvidos no processo de reabilitação (utentes/ Instituição).
Esta experiência foi bastante enriquecedora em termos profissionais e pessoais, pois permitiu observar a intervenção social em meio hospitalar, em instituições de referência na região da Catalunha e com uma realidade socioeconómica diferente.
Para finalizar, queremos mais uma vez expressar os nossos agradecimentos aos nossos “companheiros” espanhóis pela forma como fomos acolhidos, bem como à responsável das Relações Internacionais da APSS, Dra. Cristina Martins, por toda a sua disponibilidade e apoio neste processo.
* Celina Dias
* Graça Sobral
* Liliana Sousa
Assistentes Sociais no Centro de Medicina de Reabilitação Alcoitão – SCML
Março de 2009
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