domingo, 19 de outubro de 2008

CARLOS EROLES RECEBE MEDALHA ANDREW MOURAVIEFF-APOSTOL


O Colega Carlos Eroles recebeu um reconhecimento por parte da FEDERACÃO INTERNACIONAL DOS ASSISTENTES SOCIAIS
Este organismo agraciou-o com a Medalha Andrew Mouravieff-Apostol, pela sua trajectória na defesa dos Direitos Humanos e Ética, desde há quarenta anos.

A sua preocupação pelos Direitos Humanos começou na Comissão Católica para a l Campanha Mundial Contra a Fome/Acção pelo Desenvolvimento em 1969, trabalhando na difusão do Chamamento ao Mundo Jovem da FAO e da Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948.

Desempenhou funções durante vários anos a cargo dum Instituto de formação de formadores e desenvolvimento de liderança juvenil cívica e política na Fundação Argentina para a promoção do Desenvolvimento Económico e Social. Foi funcionário público em numerosas repartições ligadas à Deficiência, Direitos Humanos e Família, entre outras podemos mencionar que foi Chefe de Gabinete do Assessor da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Família da Nação (1984-1985); Director Nacional de Protecção do Menor e Família (1985-86); Coordenador Geral, com função de Subsecretario de Estado, da Comissão Nacional de Políticas Familiares e da População, Ministério da Saúde e Acção Social da Nação (1987-89); Consultor da PNUD, para assessorar o Ministério da Saúde e Acção Social em matéria de articulação intersectorial e formulação de políticas do menor e da família (1989); Coordenador do Comité de Avaliação do Acompanhamento da Convenção Inter Americana Contra a Discriminação das Pessoas com Deficiência – Lei 25.280 (2003, vigente); Membro especialista independente, designado pelo Governo Argentino para o Comité de Acompanhamento da Convenção Inter Americana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas com Deficiência (Fevereiro 2007); Director (honorário) da Comissão Nacional Assessora para a Integração das Pessoas Deficientes (Fevereiro de 2008).

Teve uma prova de coragem, na sua participação activa na defesa dos Direitos Humanos durante a última ditadura militar na Argentina, particularmente dando apoio a militantes políticos de diversos partidos, “desaparecidos” ou encarcerados, tendo levado adiante essa luta mesmo quando durante o desenvolvimento deste trabalho em 21 de Maio de 1978, um numeroso grupo comando paramilitar irrompeu na sua casa quinta da família Eroles Turucz na localidade de Hornos, partido das Heras, província de Buenos Aires e sequestrou Rita Verónica Eroles Turucz, Teodoro Eroles Turucz, Daniel Bidón Chanal (marido de Rita) e Luis Carvalho.
Desde então seus dois irmãos e cunhado permanecem “desaparecidos”, eram estudantes universitários e artesãos que passaram a fazer parte dos 30.000 “desaparecidos” e junto com os cerca de 500 “meninos apropriados”, constituem uma das mais brutais repressões e violações dos Direitos Humanos do século XX.

Publicou 14 Livros, como organizador, autor e co-autor entre 1980 e 2006 e é autor de 130 artigos publicados em vários livros relacionados com o desenvolvimento das temáticas do Trabalho Social e dos grupos vulneráveis seja sobre os Direitos Humanos, na perspectiva exposta pela FIAS no Manual do Centro de Direitos Humanos das Nações Unidas de 1993, seja sobre "Trabalho Social e Direitos Humanos", elaborado conjuntamente pela FIAS e Nações Unidas. Outras das suas publicações são referentes à Ética Profissional e à Família, Criança e Adolescência e sobre Pessoas com Deficiência.

Possui uma ampla trajectória como docente em numerosas Universidades da República da Argentina.

Entre os reconhecimentos que conseguiu ao longo da sua história podemos destacar a Medalha em reconhecimento pela sua colaboração com as Avós da Praça de Maio (1977); o Diploma de louvor em reconhecimento à trajectória em Direitos Humanos outorgado pelo Comité da Defesa da Saúde, Ética e Direitos Humanos (CODESEDH) (1998); a Placa e diploma de louvor à trajectória na promoção de valores humanos da Soka Gakkai Internacional (1998); Menção do Governo de Salta, à trajectória em direitos humanos (1998); Prémio Boomerang do Serviço Universitário Mundial à trajectória em direitos humanos (1999); Prémio “Juntos Educar 2006”, estatueta outorgada às instituições e pessoas que sem pertencerem necessariamente à Igreja Católica, deram testemunhos da sua dedicação à educação de valores. O prémio foi outorgado pela “Vicaría” de Educação do Arcebispado de Buenos Aires, em atenção à trajectória de vida e ao trabalho realizado em educação dos direitos humanos.

Carlos Eroles para além dum exemplo de dedicação profissional, de compromisso ético político com a profissão e em plena vigência com os Direitos Humanos, foi um participante activo numa militância gremial e profissional nas organizações ligadas aos Trabalhadores Sociais e teve uma predisposição permanente para participar nos congressos nacionais de trabalho social, mesmo quando a sua participação lhe implicava um grande esforço físico, que não o acompanha com o mesmo ímpeto, não sendo nunca esta razão impeditiva para demonstrar em cada um dos seus actos o compromisso activo com o Trabalho Social e com toda a humanidade, na sua luta constante pela democracia e plena vigência dos Direitos Humanos

A MEDALHA FOI-LHE ENTREGUE DURANTE A ASSEMBLEIA GERAL DA FIAS A 13 DE AGOSTO DE 2008 EM SALVADOR DA BAHIA, BRASIL.

LAURA ACOTTO, PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO ARGENTINA DAS ASSOCIAÇÕES PROFISSIONAIS DE SERVIÇO SOCIAL, RECEBEU A MEDALHA EM SEU NOME.

PARABÉNS PROFESSOR!

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